AL DEVE MOER APENAS 15 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA
SAFRA 17/18. Incidência de chuvas não ajudou a reverter quadro; com menos cana beneficiada, prejuízo pode chegar a R$ 200 milhões
Após um período de entressafra de quase cinco meses, o setor sucroenergético alagoano se preparara para iniciar a partir desta semana um novo ciclo da cana. Apesar do aumento dos índices pluviométricos terem renovado as esperanças de fornecedores e industriais, a previsão para a safra 17/18 é de apenas 15 milhões de toneladas de cana beneficiadas.
No ciclo 16/17, encerrado em abril passado, a moagem foi finalizada com apenas 16,1 milhões de toneladas de cana processadas. A segunda menor desde a safra 81/82, quando o levantamento começou a ser oficialmente contabilizado.
Na história recente da agroindústria da cana em Alagoas, quando o setor sucroalcooleiro passou por um período de expansão em função do Proálcool, só a safra 93/94 registrou números inferiores, com uma produção de 15,8 milhões de toneladas de cana esmagadas. A exemplo do que ocorreu no ciclo passado, a quebra de safra foi provocada pela seca que castigou a região canavieira do Estado.
O que se esperava é que a volta das chuvas, a partir de maio deste ano, ao menos estabilizasse a produção na casa dos 16 milhões de toneladas. As águas chegaram com atraso, especialmente para os fornecedores de cana, que registram fortes perdas de socaria.
O resultado, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, é que o setor sucroenergético do Estado se prepara para iniciar uma das menor safras da sua história.
FONTE: http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=311624