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Após um mês, bancários decidem encerrar greve em Alagoas

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Bancários de Alagoas decidiram em assembleia, na noite desta quinta-feira (6), encerrar a greve da categoria, iniciada em 06 de setembro. Os trabalhadores aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500, além de garantia de reajuste real de 1% em todos os salários e demais verbas em 2017. Os atendimentos voltam ao normal nesta sexta-feira (7).

A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15%, no vale alimentação.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários em Alagoas, Jairo França, apesar de não ser o acordo que a categoria esperava, o resultado da paralisação foi positivo. “Essa foi uma das melhores greves que tivemos, mas desde a semana passada que o movimento não cresce e não vemos mobilização dos interessados. Não é o acordo que nós queríamos, mas foi o que conseguimos arrancar”, comentou.

Em Alagoas, cerca de 90% das agências bancárias ficaram fechadas. “Tivemos uma das maiores greves do Brasil. Conseguimos o fechamento de 90% das agências na capital e no interior, foram 80% das agências paralisadas. Gostaríamos que todos os bancários tivessem um alto nível de engajamento”, disse Jairo França.

Greve nacional mais longa

A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.

Negociações

Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.

Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

Impacto nos serviços

A greve afetou os serviços bancários em todo o país, pois algumas situações não podiam ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros meios alternativos.

Na quarta-feira (5) 13.123 agências e 43 centros administrativos ficaram fechados segundo a Contraf, o correspondente a 55% dos locais de trabalho em todo o país. O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 fecharam as portas.

 Fonte: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia.php?c=19921