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Companhias aéreas começam a cobrar por despacho de mala e outros serviços

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A partir do dia 14 de março, as companhias aéreas que atuam no Brasil não serão mais obrigadas a oferecer gratuitamente o serviço de despacho de bagagem. Com a proximidade da data, as principais empresas se posicionaram sobre a medida e o que deverá ser feito futuramente para tornar mais barata a passagem aérea.

Gol

Gol passará a oferecer duas classes tarifárias para suas passagens aéreas, uma para quem viajará apenas com bagagem de mão e outra para os viajantes que optarem por despachar malas, afirmou nesta sexta-feira, 17, o diretor-presidente da empresa, Paulo Sergio Kakinoff.

Durante teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2016, o executivo afirmou que o fim da cobrança de franquia de bagagem nas passagens representa a adequação do setor aéreo brasileiro às normas internacionais. “Vai ficar muito claro ao cliente qual o preço regular da tarifa e o valor sem despachar a bagagem”, disse.

A empresa passará a oferecer uma classe tarifária mais barata para os clientes que não forem despachar bagagens e disponibilizará, separadamente, a opção de adquirir uma franquia que será calculada por unidade, seguindo as dimensões e peso estipulados.

Segundo a empresa, os valores da unidade, que ainda serão definidos, irão crescer de acordo com quantidade de malas – a primeira será mais barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira, e assim por diante.

Avianca

A Avianca Brasil não começará a cobrança por bagagem despachada já em 14 de março.

“Nós chegamos à conclusão de que precisamos de mais tempo, queremos estudar o tema durante os primeiros meses”, disse o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo o executivo, a empresa deseja criar um programa que seja atrativo e coerente com o histórico de serviços da companhia.

Questionado sobre os planos da empresa, Pedreira afirma que a ideia é criar diferentes grupos tarifários: um mais barato, destinado aos clientes “mais sensíveis a preço” e que viajam apenas com bagagem de mão, e outro que inclui o despacho de bagagem.

“Os passageiros sem bagagem (despachada) não têm que pagar pelos que levam. Claramente, teremos uma classe tarifária mais barata para esse cliente”, diz. Segundo o presidente da Avianca Brasil, os planos ainda vislumbram que os usuários Premium possam comprar passagens sem direito a franquia e usar os benefícios dessa categoria para despachar malas.

Quanto à comparação com os atuais preços dos bilhetes aéreos, Pedreira diz que a categoria que não despacha malas terá tarifas mais atrativas. Segundo o executivo, o fato de os passageiros optarem por não despacharem malas implica menos peso nas aeronaves e, consequentemente, custos mais baixos, uma vez que o consumo de combustível será menor.

“Menos custo vai permitir fazer tarifas mais atrativas. Nosso objetivo é fazer com que o setor aéreo retome como um todo”, afirma. Pedreira ainda avalia que os estudos da Avianca Brasil a respeito dos grupos tarifários deverá levar, ao menos, três meses.

Latam

A empresa aérea Latam confirou que passará, num futuro próximo, a cobrar pelo despacho de bagagem em vôos nacionais. O despacho será gratuito em até duas malas com limite de 23 quilos cada. A partir disso, nos voos nacionais, os passageiros vão pagar R$ 50 para despachar malas de até 23 kg.

Para voos internacionais, a cobrança também varia de acordo com o peso da bagaem e destino. Na América do Sul, o excesso de peso (entre 34 e 45 quilos) será taxado em US$ 180, e em outros voos fora do país, em US$ 200.

Além disso, pretende cobrar pelos serviços de marcação de assentos e lanches à bordo.

Fonte: Diário de Pernambuco