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Dorflex e mais 10 remédios que você deve ter cuidado ao tomar

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Depois de tomar algumas cervejas com os amigos você acorda, no dia seguinte, com dor de cabeça. Ou sente o estômago queimar porque comeu fritura e corre para o antiácido. Sentiu o nariz trancar? Dá-lhe, descongestionante nasal. Sentiu uma pontada no ouvido? Corre tomar um anti-inflamatório.

A automedicação é hábito de 72% dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Os remédios mais comuns para dores rotineiras são considerados inofensivos, mas também trazem riscos à saúde e acabam se tornando inimigos silenciosos.

Apesar da automedicação não ser recomendada dificilmente alguém correrá ao pronto-socorro por conta de uma dor de cabeça. É por conta desses probleminhas esporádicos que toda casa tem sua pequena farmácia particular, geralmente formada por analgésicos, anti-inflamatórios e antialérgicos.

Deixar de ler a bula, porém, é o caminho mais fácil para por a saúde em risco. Alguns componentes, quando combinados a outros remédios tomados com frequência, são potencialmente nocivos, enquanto outros podem minar a saúde a longo prazo.

Confira os efeitos colaterais de alguns dos remédios mais comuns consumidos pelos brasileiros:

Aspirina

Pacientes idosos, hipertensos, diabéticos ou com doença renal devem tomar o medicamento com cautela. Isso porque seu uso prolongado pode trazer sangramentos gástricos e intestinais (especialmente quando combinado a um anti-inflamatório), problemas renais e de pressão por conta do seu princípio ativo, o ácido acetilsalicílico.

Em diabéticos, por exemplo, o uso indiscriminado pode provocar hipoglicemia. Altas doses também podem provocar choque cardiovascular e insuficiência respiratória, pois aumentam o risco de excesso de acidez no sangue e baixa de glicose. Acidentes vasculares cerebrais são mais frequentes para quem ingere o medicamento.

Tylenol

Remédios que levam paracetamol como princípio ativo podem causar danos ao fígado, pois quando metabolizado ele se transforma em uma substância tóxica, e doses a partir de quatro gramas por dia podem sobrecarregar o órgão e impedir que essa substância seja eliminada.

Como vários outros medicamentos possuem o mesmo princípio ativo, a superdosagem pode acontecer sem que o paciente perceba e provocar desde lesões irreversíveis até falência do fígado.

Vitaminas

Nem as inofensivas vitaminas, que supostamente devem fortalecer o corpo, escapam dos riscos à saúde. Quando o paciente ingere uma quantidade muito grande do medicamento o corpo tem dificuldades para elimina-lo e sofre de hipervitaminose, o acúmulo de vitaminas no corpo. As consequências vão desde irritabilidade, fraqueza e vômitos até osteoporose, arritmia cardíaca, perda de cabelo e danos ao fígado. Pacientes com problemas no rim são os que correm maior risco.

Eno

Composto por bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido nítrico, seu uso indiscriminado pode provocar edemas e modificar o pH do estômago, sobrecarregando rins e pulmões. Quem sofre de gastrite, pressão alta e problemas no coração tem predisposição a sofrer esses efeitos colaterais.

Antiácidos também ajudam a reduzir a absorção de nutrientes e diminuir as defesas naturais do estômago, aumentando os riscos de contaminação e infecção.

Neosaldina

Algumas pessoas sofrem de alergia à dipirona, princípio ativo da Neosaldina, e não sabem. Os sintomas vão desde coceira pelo corpo e dificuldade para respirar até choque anafilático (que pode ocorrer mesmo em quem já está acostumado com o medicamento) e Síndrome de Steven Johson, na qual o corpo apresenta queimaduras e bolhas.

Outros efeitos colaterais provocados pela dipirona acontecem na pressão arterial, que fica mais baixa e provoca sensação de moleza quando usada com frequência, e no sangue, onde ocorre diminuição da quantidade de células.

Dorflex

Também composto por dipirona e com os mesmos efeitos colaterais e riscos da Neosaldina, outro problema ligado ao Dorflex é o risco de superdosagem de orfenadrina (também principio ativo do medicamento, junto com cafeína). Doses altas são tóxicas e podem provocar alteração no batimento cardíaco, boca seca, tremores, delírios e até levar à morte.

Neosoro

O descongestionante nasal, composto por cloridrato de nafazolina, faz com que o organismo se acostume com as doses frequentes e não apresenta mais efeito caso o paciente não aumente as doses. A dependência desse medicamento é comum e pode provocar rinite medicamentosa, aumentar a pressão sanguínea e irritações passageiras. Pacientes diabéticos podem constatar também aumento da taxa de glicemia.

Torsilax

Na composição, além de paracetamol, o Torsilax leva diclofenaco sódico, carisoprodol e cafeína. De forma geral, anti-inflamatórios podem provocar danos às mucosas do trato digestivo e, como consequência, acarretar em vômitos, diarreia, sangramentos e úlceras.

Diuréticos

A desidratação e perda de potássio estão diretamente ligados ao uso frequente de diuréticos, usados por quem apresenta retenção de líquido ou até para perder peso. A hipotensão arterial, desconforto epigástrico e fotossensibilidade são sintomas do uso exagerado, que pode levar também ao transtorno de anorexia.

Antialérgicos

De forma geral, o risco está na combinação com remédios para gripe ou dores em geral, algo que é comum quando médicos prescrevem esse tipo de medicamento. A longo prazo eles podem provocar alteração na pressão arterial e úlceras no estômago.

Omeprazol

O medicamento leva o nome do princípio ativo que o compõe e que é usado para combater dor de estômago. Seu uso frequente provoca efeito-rebote e gera excesso de produção de suco gástrico, o que provoca lesões nas mucosas, além de aumentar o risco de infecções e dificultar a absorção de nutrientes.

FONTE: http://www.tnh1.com.br/noticias/noticias-detalhe/saude/dorflex-e-mais-10-remedios-que-voce-deve-ter-cuidado-ao-tomar/?cHash=569bd1a4f17262bbf9ef1449733c8545