Início » Notícias » Exame do coração é essencial antes de jogar bola aos 40 anos

Exame do coração é essencial antes de jogar bola aos 40 anos

csm_Pessoa-fazendo-eletrocardiograma_c6c64c447e

Visto como uma das grandes paixões do brasileiro, o churrasco com aquela cerveja depois de bater uma bola no final de semana não é recomendável, especialmente para aquele atleta de fim de semana, que não faz nenhuma atividade física de segunda à sexta, mas pensa que vai disputar uma final de Copa de Mundo no sábado. “Você já submeteu o seu coração a um estresse ao qual ele não está preparado.

Com o churrasco, o risco aumenta mais ainda porque você está usando energia para digerir a quantidade de gordura, mais uma sobrecarga além daquela que o seu corpo está preparado para ter”, explica o médico Ricardo Munir Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Mas os problemas não param por aí. E quem tem algum fator de risco, precisa redobrar a atenção.

Quem passou dos 40 anos de idade e quem está acima do peso, precisa tomar mais cuidado. “Fazer uma atividade de alta intensidade como o futebol é um problema, porque essas pessoas não têm o condicionamento cardiovascular adequado”, alerta Guilherme Sangirardi, cardiologista da Unifesp. Mesmo que não seja a frequência ideal, ele diz, praticar futebol uma vez por semana é melhor do que o sedentarismo. Mas antes de sair chutando uma bola por aí, a recomendação é visitar um cardiologista e fazer uma avaliação clínica.

“Precisamos avaliar o histórico familiar. Quem está acima do peso corre mais risco de ter hipertensão, por exemplo. E aí está lá, jogando bola, passa mal, pode ter um enfarte ou até um AVC”, afirma o cardiologista. Só depois que tudo estiver bem, que o atleta de fim de semana estará apto a jogar.

*

Gramado sintético eleva o risco

Além dos problemas cardíacos, quem quer bater uma bola precisa estar bem condicionado fisicamente. “No futebol, a cada seis segundos você faz um movimento diferente. Se a pessoa não tiver bom equilíbrio, acaba tendo torções mais comuns”, esclarece o ortopedista Moisés Cohen. Segundo ele, os riscos aumentam nos gramados sintéticos. “A torção de tornozelo é muito mais frequente porque o pé escorrega, e a pessoa não tem controle”, afirma o ortopedista.

Fonte: Folhapress