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Netflix ficou cara demais? Compare concorrentes mais baratos

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A partir do próximo mês, quem assina Netflix verá sua conta no serviço de streaming ficar mais cara. A empresa anunciou que o pacote de duas telas e exibição em HD vai saltar para R$ 27,90, enquanto a assinatura de quatro telas e exibição em 4K vai subir para R$ 37,90.

Apenas o pacote mais básico, que só dá direito a uma tela e resolução padrão, permanecerá custando R$ 19,90. Alguns leitores do Olhar Digital nos procuraram dizendo que, com esse reajuste, o serviço pode começar a pesar no bolso dos assinantes, prejudicando o fator custo-benefício.

Só que a Netflix não é a única empresa a oferecer streaming de vídeo por assinatura no Brasil. Quem quiser sair da Netflix e ir para outra empresa tem duas alternativas: ir para a Amazon Prime Video ou para a brasileira Looke.

Se você está na dúvida entre ficar na Netflix ou partir para outro serviço, vale a pena comparar as ofertas disponíveis hoje no mercado. Confira no comparativo abaixo o que cada uma tem de especial.

Netflix

Custo mensal: R$ 19,90 / R$ 27,90 / R$ 37,90

Acervo: 31.222 vídeos (estimativa)

A Netflix é o serviço mais popular e não é por acaso. Como já foi citado anteriormente, são três opções de assinatura: uma delas só permite que o usuário consuma o conteúdo em uma tela, e custa R$ 19,90; a outra oferece duas telas simultâneas e conteúdo em resolução HD, por R$ 27,90; e a outra chega a quatro telas simultâneas e resolução 4K, custando R$ 37,90.

Por esse preço, a Netflix oferece 3.257 filmes e 834 séries, segundo um levantamento informal feito pelo blog Filmes Netflix, já que a empresa, em si, não fornece esses dados. Se esses números estiverem corretos, isso significa que o assinante tem acesso a um total de 4.091 títulos (incluindo filmes e séries) e, se contarmos separadamente cada episódio de uma série, são 31.222 vídeos. Sem falar que, de todos esses, muitos são exclusivos da plataforma e não podem ser encontrados em outros serviços.

Esse catálogo pode ser acessado por smart TVs da LG, Panasonic, Philips, Samsung, Sharp e Sony; consoles como o PS3, PS4, Nintendo Wii, Nintendo Wii U, Xbox 360 e Xbox One; alguns aparelhos de Blu-ray da LG, Panasonic, Samsung e Sony; smartphones Android, iOS e Windows Phone; além de PCs com Windows, tanto pelo navegador quanto por um app local.

Vale lembrar também que novos assinantes ganham um mês grátis. É possível pagar a conta com débito automático, cartão de crédito, de débito ou até mesmo por um cartão pré-pago, vendido em diversas lojas de conveniência espalhadas pelo país.

Amazon Prime Video

Custo mensal: US$ 2,99 (primeiros seis meses) / US$ 5,99 (após os primeiros seis meses)

Acervo: 1.162 vídeos (estimativa)

Amazon Prime Video é o serviço de streaming da gigante norte-americana e que ainda tem atuação tímida no Brasil. A plataforma chegou por aqui no ano passado e, desde então, não demonstrou grandes ambições. A assinatura continua sendo cobrada em dólar, o que significa que apenas usuários com cartão de crédito internacional podem pagar os US$ 2,99 dos primeiros seis meses (pouco menos de R$ 10, na cotação atual) e os US$ 5,99 que passam a ser cobrados depois (pouco menos de R$ 20).

É nitidamente mais barato que a Netflix, mas o catálogo também é menor. Enquanto a primeira tem mais de 4 mil títulos, a Amazon tem “apenas” 238, incluindo filmes e séries, de acordo com uma estimativa calculada pelo Olhar Digital (a empresa não revela o número exato). Ao todo, são cerca de 1.162 vídeos disponíveis para os brasileiros, contra os 31 mil da Netflix. Mas assim como sua principal rival, a Amazon também tem títulos exclusivos.

O aplicativo do Amazon Prime Video também tem disponibilidade limitada: só é possível acessá-lo pelo navegador de um PC ou videogame, por smartphones Android ou iOS e em algumas smart TVs da Samsung. Não há aplicativos para Windows ou para consoles como o PlayStation e o Xbox. Vale lembrar também que toda a interface permanece em inglês.

Não há múltiplas opções de assinatura, mas apenas uma só que oferece quase todos os vídeos em alta definição, download de alguns títulos selecionados e reprodução em até três telas ao mesmo tempo.

Looke

Custo mensal: R$ 16,90 / R$ 18,90 / R$ 25,90

Acervo: 5.448 vídeos

Looke é um serviço brasileiro que oferece compra, locação e também assinatura de filmes e séries. Ou seja, se você não quiser pagar uma mensalidade, pode comprar ou alugar os títulos que quiser isoladamente. Mas quem quiser, também pode assinar um pacote de R$ 16,90 (que só dá suporte a um dispositivo de cada vez), de R$ 18,90 (que oferece até três telas conectadas ao mesmo tempo) ou o de R$ 25,90 (até cinco dispositivos e uma locação gratuita) por mês.

Nem todos os filmes que estão disponíveis para aluguel e compra estão liberados gratuitamente para quem assina um dos três pacotes mensais, especialmente aqueles que acabaram de deixar os cinemas, por exemplo. Mas quem pagar por uma das categorias de assinatura tem acesso a 5.448 vídeos, entre filmes e episódios de séries, segundo levantamento da própria Looke liberado para o Olhar Digital.

Os assinantes têm acesso a filmes e séries em alta definição e em diversas plataformas, incluindo dispositivos Android e iOS, smart TVs da Philips, LG, Samsung e Sony, consoles Xbox 360 e Xbox One, e também pelo navegador de qualquer PC ou localmente com o programa para Windows 10. Em breve a empresa pretende liberar seu conteúdo também para PlayStation.

O Looke, por sua vez, não tem um catálogo de produções originais, feitas por eles mesmos, como tem a Netflix e o Amazon Prime Video, mas tem alguns títulos que não estão em nenhum dos outros dois serviços. Há a opção para baixar o conteúdo para assistir offline usando apps de Android, iOS e Windows 10, e a reprodução dos vídeos por streaming é feita em alta definição independentemente do pacote contratado.

Conclusão

O que se pode concluir deste comparativo é que temos hoje, no Brasil, três categorias bem definidas de serviços de streaming: o de entrada, representado pelo Amazon Prime Video, que tem menos títulos, menos opções de reprodução e também é mais barato; o intermediário, com o Looke, que tem mais opções, mas ainda não é o mais caro; e o top de linha, que é a Netflix, com o maior número de títulos e também o mais caro de todos.

Portanto, por mais que a Netflix tenha disparado na frente da concorrência e se tornado o serviço que mais pesa no bolso, ela ainda é a que tem mais títulos à disposição e a que oferece mais opções de reprodução, seja online, offline e em quase qualquer aparelho. Os outros serviços ganham em alguns detalhes que, dependendo do usuário, podem até fazer toda a diferença.

A Amazon, por exemplo, pode não ter tantos filmes e séries, mas é bem mais barata e oferece reprodução em alta definição a um preço fixo. Por outro lado, o Looke oferece mais telas simultâneas por um preço ainda abaixo do que o que oferece a Netflix, sem falar nos títulos recém-saídos do cinema disponíveis para aluguel e compra, sem exigir assinatura.

Além de tudo isso, há também o fator catálogo. Nem sempre “mais” significa “melhor”. A Amazon, por exemplo, tem menos vídeos, mas é repleta de séries premiadas exclusivas, incluindo “Seinfield” e “Mr. Robot”. Já a Netflix tem títulos originais como “House of Cards”, “Jessica Jones” e outros bem mais famosos. O Looke não tem conteúdo original, mas tem um catálogo bem mais atualizado, com filmes e séries mais novas, incluindo “Doctor Who”.

Cabe ao consumidor, portanto, escolher qual vale mais a pena para o seu orçamento e seus hábitos de consumo. Isto é, desde que você queira se manter longe da pirataria.

Fonte: Olhar Digital