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Alagoas tem a maior taxa do país entre os jovens que nem estudam nem trabalham

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A taxa de jovens alagoanos que nem estudam nem trabalham subiu de 30,8% para 35,9% entre os anos de 2014 e 2017, alcançando 301 mil pessoas com idade entre 15 e 29 anos, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (05), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior índice do País, superando a média nacional de 24,5%. Em todo o país, segundo o levantamento do instituto, 11,941 milhões de jovens estão nessa condição – conhecida popularmente como geração nem-nem.

O Nordeste é a região com a maior taxa de jovens que nem estudam nem trabalham, com  30,7% – uma alta de 4,7 pontos percentuais em relação a 2014, quando o índice era de 26%. Em números absolutos, a região tinha, no ano passado, 4,316 milhões de jovens nem-nem.

Por grupos de idades, o levantamento do IBGE mostra que a taxa de alagoanos que nem estudam nem trabalham é maior entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, com 42% deles incluídos nessa situação. Em seguida,  aparecem os jovens na faixa etária entre os 25 e 29 anos, com 41,6%. Já na faixa etária entre 15 e 17 anos, o índice é de 14,2%.

Os dados do IBGE revelam ainda que a taxa de jovens alagoanos que só estudam registrou uma leve alta de um ponto percentual entre 2014 e o ano passado, saindo de 28,9% para 29,9%. Já a taxa de jovens que estudam e trabalham recuou de de 9,5% para 7,2% no período.

Houve também retração na taxa de jovens alagoanos entre 15 e 29 anos de idade que apenas trabalham. Em 2014, o índice era de 30%, contra 27% registrado no ano passado.

Universidade

No ano passado, Alagoas registrou a menor taxa do País de pessoas com nível superior completo, com 8,4% – uma retração de 3,6 pontos percentuais em relação a 2016, quando o índice era de  12%, segundo o levantamento do IBGE. Em todo o país, essa taxa registrou uma leve alta de 15,3% para 15,7% na passagem de 2016 para 2017.

O Distrito Federal é a unidade da Federação com a maior taxa de pessoas com ensino superior completo, com  33,2% – um avanço de 1,7 ponto percentual em relação ao ano anterior, quando a taxa era de  31,5%.

De acordo com a pesquisa do instituto, o Brasil é o país que tem o maior retorno salarial para quem tem nível superior completo entre todos os 36 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que representa grandes economias e do qual o país ainda não faz parte.

Uma pessoa com diploma no Brasil ganhava 2,5 vezes mais do que alguém com ensino médio, enquanto entre os países da OCDE a média era de 1,6 vezes mais. “É uma discrepância que tem a ver com o fato de sermos um país muito desigual”, ressalta pesquisadora do IBGE Betina Fresneda.