Início » Notícias » ALAGOAS – MPC aponta que consórcio para concursos vai equilibrar contas públicas

ALAGOAS – MPC aponta que consórcio para concursos vai equilibrar contas públicas

unnamed4

Procurador de Contas concedeu entrevista à Rádio Gazeta na tarde desta terça-feira (12) e falou sobre iniciativa de prefeituras

O Ministério Público de Contas (MPC) emitiu uma recomendação a 101 municípios alagoanos – Maceió foi a exceção – orientando que as respectivas prefeituras participem do consórcio para a realização de concursos públicos proposta pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). O procurador de Contas Rafael Alcântara, durante entrevista à Rádio Gazeta na tarde desta terça-feira (12), explicou a importância da ação para garantir o equilíbrio nas contas públicas dos municípios envolvidos.

Rafael lembra que, recentemente, a Prefeitura de Delmiro Gouveia exonerou cerca de 1.000 servidores comissionados, o que mostra, segundo ele, um “inchaço” na folha de pagamento, havendo o risco de o atendimento ao público ser prejudicado.

“Tomamos esta iniciativa após a AMA propor o consórcio para os municípios. Esta iniciativa deve gerar economia para os municípios que aderirem ao projeto, contribuindo para que regularizem suas situações e equilibrem as contas públicas”, explicou.

Segundo o MP de Contas, apenas 15 municípios alagoanos se inscreveram no consórcio. Após a recomendação, o órgão espera que mais gestores se conscientizem, a fim de que possam confirmar mais adesões. Os municípios que se inscreveram até aqui são: Pão de Açúcar, Belo Monte, Belém, Coité do Nóia, Jacuípe, Major Isidoro, Mata Grande, Mar Vermelho, Marechal Deodoro, Palestina, Quebrangulo, Senador Rui Palmeira, Traipu e Taquarana.

Ainda de acordo com Rafael Alcântara, os municípios que resolverem participar do consórcio devem ficar atentos à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), evitando assim a possibilidade de sanções futuras. Ele enfatiza que a recomendação é para se evitar que os cargos públicos sejam utilizados com finalidade política.

“Sabemos que muitos cargos são negociados pelos políticos, que se utilizam do poder público para empregar parentes, amigos e familiares. Isso acaba provocando um gasto elevado com a folha de pessoal. Portanto, esta é uma boa oportunidade para que as prefeituras regularizem tal situação”, emendou.

Por fim, Alcântara lembrou que as prefeituras devem, até o final deste ano, criar os seguintes cargos, em cumprimento à determinação do Tribunal de Contas do Estado, para provimento por meio de concurso público: Controlador Interno, Contador e Procurador do Município.

O consórcio

Através do consórcio – ainda em fase de estudo – com a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), os prefeitos poderão realizar os concursos de forma rápida e mais econômica, uma vez que a contratação por meio desta modalidade barateia os custos para a realização das provas, aluguel de espaço físico e demais aspectos relativos à logística do certame.

FONTE: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2017/09/mpc-explica-que-consorcio-para-concurso-servira-para-equilibrar-contas-publicas_40317.php