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Municípios propõem criação de ‘Dia D’ para combate ao Aedes Aegypti

Prefeitos dos municípios alagoanos e representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) propuseram, durante a reunião desta segunda-feira (14) na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), um “Dia D” voltado a ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. As ações envolveriam, além dos municípios, governo do estado e sociedade em geral, além de uma comissão mista para o acompanhamento dos trabalhos.

Segundo a Sesau, 70% dos municípios têm focos em excesso do mosquito transmissor, o que só reforça a necessidade do engajamento de todos, como ressalta a secretária de Estado da Saúde, Rosângela Wyszomirska. “A meta, agora, é não deixar o mosquito nascer. Precisamos de natalidade zero para o Aedes Aegypti”, afirmou a secretária, defendendo também a importância de cada cidadão, com seus direitos e deveres, neste processo.

Para o presidente da AMA e prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão, os municípios não vão fugir à luta. “Peço o engajamento de todos para que, juntos, possamos vencer esta guerra. Temos que nos mobilizar para impedir que a microcefalia comprometa a população futura, e isso deve acontecer por meio da articulação entre os governos federal, estadual e municipal”, disse o prefeito.

Na última sexta-feira (11), Alagoas decretou estado de emergência de 180 dias, em razão da escalada dos casos de microcefalia, que pode ser causada pelo Zika vírus, transmitido pelo Aedes Aegypti. De acordo com o último boletim da Sesau, Alagoas tem 108 casos suspeitos da doença, sendo 6 intrauterinos e 102 em recém-nascidos: 37 em Maceió, 29 em Santana do Ipanema, 5 em Delmiro Gouveia, 5 em Penedo, 13 em Palmeira dos Índios, 8 em Arapiraca, 3 em União dos Palmares, 1 em Murici, e 1 em Maragogi.

Ações

A Secretária de Estado da Saúde esclareceu, ainda, que as ações levam em consideração todos os casos, sem exceção, suspeitos de dengue, febre chikungunya e zika vírus. Há, ainda, uma atenção especial à gestante com exantema e microcefalia intrauterina e pós-natal.

Outra medida foi a instalação de 11 unidades sentinelas, que são postos em que se coleta sangue dos pacientes com suspeita de alguma doença relacionada ao mosquito Aedes Aegypti. São três unidades na capital e oito no interior, todas com a função de mapear o vírus, cuja confirmação da suspeita acontece por meio de laboratório referenciado pelo Ministério da Saúde, localizado no Pará.

Com o Decreto de Emergência em vigor, os municípios também vão poder requisitar agentes comunitários de saúde à Defesa Civil e à Guarda Municipal, já que, atualmente, o número de profissionais está aquém do necessário para cobrir todas as exigências e visitas a residências nas zonas urbana e rural.

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia.php?c=898